Preso ontem em São Paulo durante a Operação Skala, da Polícia Federal (PF), o coronel aposentado João Batista Lima, amigo do presidente Michel Temer, deve ser ouvido ainda hoje, de acordo com Hebert Mesquita, da Procuradoria Geral da República (PGR), que chegou há pouco na sede da Superintendência da PF, na capital paulista.
Segundo ele, dos nove presos na operação, oito já depuseram, faltando apenas o ex-militar. Entretanto, não se descarta a possibilidade de Lima não depor, alegando problemas de saúde.
“Existe essa possibilidade. A informação é superficial, foi o advogado que trouxe. Contamos com o laudo médico que o liberou para vir para cá e ele está aqui e vai ser chamado para falar. Esperamos que ele fale”, disse.
De acordo com o procurador, a esposa de Lima já prestou depoimento. No início da tarde, advogados de defesa de Lima chegaram à sede da PF, mas não adiantaram a estratégia para o depoimento.
Entre os outros detidos, Yunes recorre
A defesa do advogado José Yunes, ex-assessor do presidente Michel Temer, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar revogar o decreto de prisão temporária de cinco dias expedido pelo ministro Luís Roberto Barroso na Operação Skala.
Os advogados do ex-assessor do presidente Michel Temer pedem ao ministro que a prisão seja revogada por entenderem que a medida é desnecessária.
As medidas foram determinadas pelo ministro Barroso, que relata no Supremo o Inquérito dos Portos, sobre o suposto favorecimento do setor portuário em troca de propina a membros do governo. Além de Yunes e do coronel Lima, foram presos o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da estatal Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) Wagner Rossi, o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco, e a empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra, que também atua no ramo portuário.