Marcada por protestos, caravana de Lula pela região Sul encerra nesta quarta-feira

Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação

Lula durante Caravana no RS l Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação / CP
Lula durante Caravana no RS l Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação / CP

A caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela região Sul do Brasil encerra nesta quarta-feira, em Curitiba, no Paraná. Foram 10 dias e 20 cidades visitadas de uma viagem marcada por protestos, violência e até tiros, quando dois ônibus do líder do PT foram alvejados por disparos de arma de fogo na cidade de Laranjeiras do Sul, no Paraná, nessa terça-feira.
Na chegada à capital paranaense nesta tarde, Lula e seus apoiadores devem encontrar grupos de direita e seguidores do deputado Jair Bolsonaro (PSL), que também é pré-candidato à presidência da República, e visitará várias cidades paranaenses neste dia. O policiamento será reforçado para evitar conflitos. O ex-presidente fará um ato na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba, a partir das 17h. O Movimento Brasil Livre (MBL) também prepara um protesto contra Lula.
Pelas redes sociais, o ex-presidente se manifestou sobre os protestos contrários à sua visita aos três estados da região Sul. “Se pensam que com pedras e tiros vão abalar minha disposição de lutar estão errados. No dia em que minha garganta não puder mais gritar, eu gritarei pela garganta de vocês”, escreveu Lula.
Apesar de alguns grandes comícios, com presença da militância petista, essa foi mais uma passagem marcada por conflitos na região Sul do Brasil. No Rio Grande do Sul, o momento mais tenso ocorreu em Passo Fundo, quando militantes foram agredidos e a rodovia de entrada à cidade foi bloqueada com tratores. Em Santa Catarina, mais uma vez, a comitiva de Lula foi alvo de ovos e pedradas.
Seguem investigações sobre atentado
Ainda nessa terça-feira, o delegado Fabiano Oliveira, de Laranjeiras do Sul (PR), informou que policiais identificaram duas perfurações provocadas por tiros do lado esquerdo de um dos ônibus da caravana e outra do lado direito do segundo veículo atingido. De acordo com a polícia, os disparos aparentam ter sido feitos por duas armas diferentes de baixo calibre. Ainda não se sabe quem seriam os responsáveis pelo ataque.
Pré-candidatos à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (PSD), Manuela d´Avila (PCdoB), Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL) condenaram nesta quarta-feira, em suas contas no Twitter, os ataques feitos contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo sul do País.
Para Alckmin, “toda forma de violência deve ser condenada”. De acordo com o governador paulista, é papel das autoridades apurar e punir os tiros contra a caravana do PT. Na noite dessa terça, no entanto, o tucano havia adotado um discurso menos conciliatório, e até mesmo surpreendente, ao declarar à Folha de São Paulo que o “PT estava colhendo o que plantou”.