Um dia após a Caravana de Lula ter sido alvo de disparos no Paraná, a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) comentou a posição defendida durante convenção do Partido Progressista, no sábado passado. Durante o encontro, ela parabenizou as cidades que “botaram a correr” a comitiva petista, que percorreu o Interior gaúcho.
Em entrevista para o programa Esfera Pública, Ana Amélia defendeu que, em nenhum momento, falou em “morte” como declarou a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR). Além disso, ponderou que o discurso era destinado a um nicho político, sem objetivo de incitar a violência. E reclamou que o tema tenha voltado à tona durante a semana.
“Hoje é quarta-feira, a minha manifestação foi num sábado, num reduto exclusivo dos nossos congressistas e convencionais do PP. Então esse assunto ser mantido aceso é porque há um interesse em relação em mantê-lo aceso. Não me nego a falar sobre ele, mas eu penso que existem coisas mais graves do que isso como, por exemplo, as ameças ao ministro Fachin, que ele revelou em entrevista”, disse.
Em meio a um cenário político tensionado, Ana Amélia também disse considerar que determinadas manifestações devem ser contextualizadas, uma vez que “o politicamente correto está impondo ao Brasil uma censura branca”.
A posição voltou a ser defendida, minutos depois, pela senadora, via Twitter. “Para os petistas, quando eles falam que “para prender Lula terão que matar gente” ou em “desobediência civil”, é apenas “força de expressão”. Usam dois pesos e duas medidas!”, publicou.
No sábado, Ana Amélia começou o discurso dizendo que o vencedor da prévia do PP vai enfrentar na corrida para o Palácio Piratini um “adversário muito forte, muito mal”. Na sequência, emendou: “Quero parabenizar Bagé, Santa Maria, Passo Fundo, São Borja. Botaram a correr aquele povo que foi lá levando um condenado se queixando da democracia. Atirar ovo, levantar o relho, mostra onde estão os gaúchos”, afirmou, enquanto era aplaudida.