Começaram hoje, oficialmente, os primeiros anúncios de saída de membros do governo em virtude da campanha eleitoral. As primeiras baixas são no Ministério da Saúde e no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O ministro da Saúde, Ricardo Barros, que havia anunciado mais cedo a saída do cargo, entregou carta de demissão ao presidente Michel Temer. Na carta, agradeceu ao “apoio incondicional” à gestão e se disse orgulhoso de trabalhar com o presidente.
“Despeço-me registrando que foi motivo de muito orgulho integrar uma equipe que tanto tem contribuído para a consolidação de políticas públicas de saúde no Brasil e desejando a continuidade do sucesso dessas ações com as quais não deixarei de colaborar”, cita o documento.
Barros, que está licenciado do mandato de deputado federal, é pré-candidato à reeleição em outubro. O prazo final para ele deixar o cargo era 7 de abril. Barros vai concorrer ao sexto mandato parlamentar pelo Paraná. Agora, ele volta para as atividades na Câmara. “Já limpei as gavetas. Estou pronto para a Câmara dos Deputados, para a missão na Comissão de Orçamento”, disse a jornalistas no Palácio do Planalto.
Em um evento realizado na tarde de hoje no Palácio do Planalto, Barros e o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, agradeceram ao presidente pela confiança. “Temos muito orgulho de trabalhar com o senhor. Em todos os níveis o senhor fez um grande trabalho e temos muito orgulho de servir ao seu lado”, disse Terra, que também deixa o cargo na próxima semana para concorrer à reeleição na Câmara.
BNDES
Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES, também entregou a carta de demissão hoje. Rabello de Castro pretende concorrer à presidência da República. Na carta, ele detalha que deixa o banco no último dia de março.
“[…] entregamos a Vossa Excelência Excia e ao país duas grandes instituições brasileiras, muito bem equipadas, prontas para contribuir de modo decisivo para a transformação da economia e da sociedade brasileira […]. O calendário eleitoral exige me desligar de sua valorosa equipe em 31 de março próximo. Penso me engajar politicamente, sempre contando com seu consentimento de apoio”.
De acordo com a assessoria do Palácio do Planalto, os nomes dos substitutos não foram definidos até o momento.