O deputado federal Luis Carlos Heinze foi escolhido pré-candidato do Progressistas (antigo PP) ao governo estadual. A pré-convenção da sigla aconteceu neste sábado no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. Heinze recebeu 1.123 dos 1.391 votos da pré-convenção, o equivalente a 80%.
Segundo o pré-candidato da sigla, a área da segurança pública receberá atenção especial no plano de governo que o Progressistas vai elaborar para a disputa ao Piratini nas eleições de outubro. “Quero fazer a diferença na segurança, que vamos trabalhar forte. O Democratas tem nomes que nos ofereceu para ajudar na montagem de um plano de segurança pública. Já temos gente disposta a me ajudar. Apresentaremos uma proposta concreta ouvindo vários especialistas no tema”, explicou Heinze.
O deputado também comentou sobre a situação financeira do Estado: “Eu tenho que fazer alguma coisa diferente do que está acontecendo aí, porque do jeito que está, nós não vamos conseguir fechar as contas do Estado se não tiver mais desenvolvimento”.
Após ser vencedor da prévia que o escolher pré-candidato ao executivo estadual, Heinze falou que a legenda vai trabalhar nos próximos dias para buscar apoio e fechar uma coligação de apoio. “Já temos acertado com o Democratas e com o PROS e vamos intensificar as conversas com os outros partidos, como o PR e o PRB, que nos pediu um prazo até o dia 7 de abril, em função da janela partidária. Também vamos conversar com REDE, PSB e PTB. A partir desta segunda-feira, a gente segue neste trabalho sobre as coligações e nominatas”, explicou.
As convenções oficiais para a escolha dos candidatos às eleições deste ano só podem ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto, segundo a legislação eleitoral. Questionado se pode virar vice na chapa com alguém, devido às mudanças que podem ocorrer durante o período, Heinze foi enfático ao dizer que ser vice não está nos seus planos.
“Já se trabalhava a hipótese do partido ser vice, mas a resposta que a gente trabalhou ontem foi a que nós já tínhamos em novembro do ano passado, quando foi aberto mais de dois mil questionários realizados no interior do Rio Grande do Sul, onde 92,6% do partido dizia que queria candidatura própria e isso foi referendado ontem. Foi referendado que querem candidatura própria e tem candidato. Eu sou o candidato hoje e vou trabalhar para isso”.
No mês passado, Heinze disse que apoiaria o seu colega da Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro, para a presidência da República, mas após ser confirmado como pré-candidato do Progressistas, ele afirmou que os palanques serão montados apenas no futuro.
“Eu o presidente [do Progressistas] Celso Bernardi conversamos com o Democratas. O que ficou acertado: a questão da candidatura à presidente, nós vamos pensar lá na frente, em junho, julho. Lá que nós vamos definir quem nós vamos apoiar ou se o palanque será livre. Nas últimas cinco eleições, o partido apoiou o PSDB, com Alckmin, Serra, Aécio. Agora, nós vamos definir isso no futuro. Veio o Cajar Nardes e disse ‘Nós te apoiaremos desde que abra o palanque para o Álvaro Dias’, mas nós não podemos fazer isso nesse momento. Não é o nosso foco agora e oportunamente nós discutiremos quem nós vamos apoiar ou se o palanque ficará livre. Nós teremos que acertar isso dentro do partido, que não tem unanimidade sobre candidatos [à presidência] neste momento. Um quer apoiar o Alckmin, outro quer apoiar o Bolsonaro e outro o Álvaro Dias. Isso nós vamos discutir dentro do partido e com os partidos coligados que também temos que respeitar”, avaliou.
Além de Luis Carlos Heinze e da provável candidatura à reeleição de José Ivo Sartori (MDB), outros sete partidos já lançaram pré-candidatos ao Piratini nas eleições de outubro: Roberto Robaina (Psol), Abgail Pereira (PCdoB), Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), Mateus Bandeira (Novo), Miguel Rossetto (PT) e Ranolfo Vieira Júnior (PTB).