O presidente Michel Temer afirmou à revista Istoé que pretende defender, ele mesmo, o legado do governo e a continuidade das políticas vigentes, assumindo que vai se candidatar à reeleição em 2018. Temer disse ainda ser uma “covardia” fazer o contrário. Na entrevista, publicada na edição de fim de semana da revista, o emedebista lembrou que todos os demais presidentes tentaram o mesmo. Não repetir esse gesto, segundo ele, pode passar a imagem de que se escondia, deixando os demais candidatos livres para “bater” na atual gestão.
“Porque, afinal, se eu tivesse feito um governo destrutivo para o País eu mesmo refletiria que não dá para continuar. Mas, pelo contrário, eu recuperei um País que estava quebrado. Literalmente quebrado. Eu me orgulho do que fiz. E eu preciso mostrar o que está sendo feito”, afirmou Temer à Istoé.
A entrevista ocorreu na quarta-feira passada. Temer, que disse ter tomado a decisão “de um mês e meio para cá”. Ele também avaliou que o ideal era se ter apenas uma candidatura de centro, mas que o cenário que se desenha são de vários nomes. Ele ainda afirmou que o MDB já prepara uma espécie de “Ponte para o Futuro 2”, documento que norteou a política econômica.
Apesar dos índices baixos de popularidade, o presidente já havia avisado a aliados a intenção de disputar a eleição, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, domingo passado. Temer entende que o quadro político mudou com as pré-candidaturas de Geraldo Alckmin (PSDB) e Rodrigo Maia (DEM) e aposta na recuperação da economia e na intervenção no Rio para se cacifar.
Pela legislação, ele não precisa deixar o cargo até abril para concorrer – como acontece, por exemplo, com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, outro nome cotado para disputa do Planalto.
