Depois de uma sequência de altas considerada inédita, desde julho do ano passado, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), permaneceu praticamente estável de fevereiro para março. O nível passou de 61,6 para 61,7 pontos, o maior desde junho de 2010.
O insucesso da Reforma da Previdência é apontado pela Fiergs como um dos possíveis motivos que influenciou na acomodação da confiança depois de oito altas seguidas no ICEI. Porém, isso pouco alterou a avaliação dos empresários no curto prazo. O que mais contribuiu para o sentimento de otimismo, segundo a Federação das Indústrias, é o fato de os industriais gaúchos ainda acreditarem na política econômica, que de acordo com eles gerou impactos positivos na inflação, nos juros, no nível de atividade e no reequilíbrio das finanças públicas, apesar do adiamento de algumas reformas para o próximo governo.
Em março, o Índice de Condições Atuais subiu para 57,4 pontos, 0,2 acima de fevereiro, mantendo o maior resultado desde junho de 2010. Em relação à economia brasileira, passou de 57,4, em fevereiro, para 57,6 pontos, em março. O Índice de Condições das Empresas ficou praticamente estável, em 57,5. Medidos de zero a cem, acima dos 50 pontos os índices sugerem condições melhores.
O Índice de Expectativas dos empresários gaúchos para os próximos seis meses também ficou estável na passagem de fevereiro para março: alcançou 63,9 pontos, repetindo o mês anterior. Em relação à economia brasileira, porém, o índice caiu 0,4 ponto na comparação com fevereiro, e chegou a 59,5. Houve também estabilidade na percepção sobre o futuro das empresas, com o índice registrando 66,1 pontos em março.
O ICEI-RS consultou 185 empresas, sendo 51 pequenas, 69 médias e 65 grandes, entre os dias 1º e 13 de março.
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