Uma ação da Polícia Civil desarticulou, nesta sexta-feira, uma facção criminosa que atuava, principalmente, nas regiões de Gramado, na Serra gaúcha, e São Leopoldo, no Vale do Sinos. Segundo o delegado Vladimir Hagg, que comandou a operação Restart II, os traficantes mantinham uma “fortaleza”, que funcionava como QG de distribuição de drogas, em Portão, no Vale do Caí.
Hoje, cinco integrantes da quadrilha foram presos. A investigação durou sete meses e, incluindo a primeira fase da Restart, prendeu 13 traficantes, inclusive o líder da quadrilha, conhecido como “Pai”. Ele foi detido na quinta-feira em frente à fortaleza da facção. A residência no bairro Portão Velho, ainda que sem luxos, possui muros altos, portões reforçados e câmeras de vigilância.
Dos 34 policiais que cumpriram 19 mandados judiciais em Novo Hamburgo, Portão, Rolante e Taquara, 15 precisaram forçar a entrada do local, para ter acesso à residência. Na casa foram apreendidas provas do tráfico, inclusive anotações sobre distribuição e vendas. “A quadrilha circulava dezenas de milhares de reais por semana, e o montante ainda está sendo contabilizado pela equipe”, destacou o Delegado Vladimir Medeiros, responsável pela operação.
O grupo é investigado ainda por torturar um usuário de droga que devia dinheiro à quadrilha. A Polícia Civil teve acesso ao vídeo gravado pela própria facção, que utilizou de extrema violência, inclusive, queimadura para torturar a vítima, exigindo que ela pagasse o que devia.
A primeira fase
A operação Restart foi desencadeada em 30 de janeiro. Na época, prendeu oito integrantes da associação criminosa. Em toda a investigação, incluindo a segunda fase que ocorreu hoje, 13 traficantes foram detidos, sendo que dois seguem foragidos. Nos sete meses de operação, a Polícia apreendeu grande quantidade de droga da facção, além de armas e munições.