PF abre inquérito para apurar origem de munição que matou Marielle e Anderson

A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar a origem da munição e as circunstâncias envolvendo as cápsulas encontradas no local onde a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e o motorista Anderson Pedro Gomes foram assassinados, na noite de quarta-feira, no Centro do Rio de Janeiro.
A informação veio em nota conjunta das polícias Federal e Civil do Rio de Janeiro, logo depois que a Rede Globo veiculou matéria na qual relata que a munição usada no crime era de uma pistola calibre 9mm que pertencia a lotes vendidos para a Polícia Federal (PF) de Brasília, em 2006.
Ainda segundo a matéria da TV, a perícia da Divisão de Homicídios indicou que o lote da munição UZZ-18 é o original. A reportagem informou também que os lotes foram vendidos à PF de Brasília pela empresa CBC no dia 29 de dezembro de 2006, com as notas fiscais número 220-821 e 220-822.
A nota conjunta esclarece que o inquérito da PF se soma à investigação conduzida pela Polícia Civil. As duas corporações reiteraram “o compromisso de trabalhar em conjunto para a elucidação de todos os fatos envolvendo os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes, ocorrido na noite da última quarta-feira, no Rio de Janeiro”.
A vereadora morreu assassinada com quatro tiros na cabeça quando seguia para casa no bairro da Tijuca. A parlamentar vinha no banco de trás do carro conduzido por Anderson Gomes, quando criminosos emparelharam com o carro da vítima e atiraram nove vezes. Anderson também morreu no ataque.