Após assassinato de Marielle, PSol é alvo de ataques na internet

A página do Psol no Facebook vem recebendo ataques de usuários acusando Marielle Franco, a vereadora assassinada na quarta-feira à noite, assim como outros parlamentares da legenda, de agir “em defesa de bandidos”-  e dizendo que pedir a prisão dos assassinos dela é uma contradição. Nos últimos posts compartilhados pelo partido em memória de Marielle, há dezenas de comentários com esse teor, muitos deles, em tom de deboche. As informações foram veiculadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
“Quem procura acha! Que os assassinos da vereadora do PSol sejam tratados com dignidade e respeito!”, ironiza um deles. “Acho que os assassinos merecem uma segunda, e até terceira chance!”, zomba outro.
“Que o Psol pare de passar a mão na cabeça de marginal”, critica outro. “O PSol só está colhendo o que planta todos os dias”, ataca mais um. Em outros comentários, usuários dizem que Marielle e os pares não pediam justiça para a morte de policiais – ano passado, foram mais de 130 – e agem com “dois pesos e duas medidas”.
Os ataques são tantos que batem, em número, as mensagens de solidariedade pela perda da parlamentar. Marielle tinha 38 anos e foi a quinta vereadora mais votada do Rio. O assassinato dela, uma provável execução, segundo a polícia, vem motivando manifestações públicas, nas redes sociais e também no exterior.
O PSol mantém entre as principais bandeiras a defesa dos direitos dos trabalhadores e direitos humanos básicos, em especial de mulheres, negros e população LGBT.
A reportagem do Estadão entrou em contato com parlamentares do PSol e lideranças do partido no município e no Estado nesta sexta-feira, para falar sobre os ataques recebidos, mas não conseguiu contato. O espaço está aberto para manifestações.