O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), apoiado no desempenho do agronegócio, deu o tom dos discursos de abertura da 19ª Expodireto Cotrijal, que começou na manhã desta segunda-feira e segue até esta sexta-feira, em Não-Me-Toque. A expectativa dos organizadores é de que 250 mil pessoas circulem pelo parque durante os cinco dias do evento.
O presidente da Cotrijal, Nei Mânica, destacou o caráter internacional da feira, que começou pequena e hoje conta com representantes de 70 países. Pelo quarto ano consecutivo, o parque de exposições recebe visitantes dos cinco continentes. Mânica destacou que o cenário econômico é bem diferente daquele enfrentado nos anos de 2015 e 2016, quando o PIB registrou desempenho negativo e a inflação e a taxa básica de juros eram maiores. No entanto, ele comentou que os preços pagos ao produtor caíram em diversos produtos, enquanto os custos aumentaram. “Não tem euforia”, acrescentou.
Reivindicações para o Funrural
Os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral de Governo, Carlos Marun, presentes na cerimônia, ouviram reivindicações relacionadas ao Funrural. Em seu discurso, Mânica pediu “que o passivo seja zerado”, e que aqueles que pagaram tenham uma compensação. “É uma questão de justiça com o setor produtivo”, defendeu.
Os representantes do governo Temer aproveitaram para defender medidas adotadas pelo presidente da República. O ministro Padilha destacou que o governo tem a intenção de colocar em votação, “se for possível”, até o final do ano, a Reforma da Previdência. Padilha destacou que o governo assumiu o compromisso de não alterar a situação do trabalhador rural. “Para o trabalhador rural não muda absolutamente nada. É compromisso nosso, fica como é hoje”, disse.
Marun defendeu o direito de o produtor rural portar armas. “Tenho para mim que o produtor tem o direito de possuir uma arma na sua propriedade, como todos os brasileiros. Não digo que é uma pauta, mas viemos aqui para ouvir e levaremos essa reivindicação”, observou.