Como parte de implementação do sinal digital de televisão em 107 municípios gaúchos, a campanha de coleta de televisores e monitores de tubo recolheu mais de 51 toneladas de materiais. Ao todo, 38 Unidades de Destino Certo (ecopontos) foram distribuídas em 15 cidades. A mobilização termina oficialmente nesta quarta-feira, porém, alguns locais continuam recebendo os materiais. A recomendação é de que a população procure os seus departamentos municipais de limpeza urbana para saber a destinação correta.
A campanha de coleta teve três frentes, explicou Márcia Cavalcante, gerente regional da Seja Digital, responsável pela migração do sinal analógico para o digital. De acordo com ela, os aparelhos entregues em condições de receber o sinal digital foram repassados para famílias e instituições sociais. Outra frente foi a reutilização de peças e, por fim, a destinação correta do material para uma usina de triagem. Localizado em alvorada, o espaço é, segundo Márcia, certificado pelo Ministério do Meio Ambiente. “A destinação correta é fundamental, porque os televisores antigos, sobretudo os de tubo, tem gás e chumbo, que são poluentes”, comentou.
Os 38 ecopontos foram distribuídos na Região Metropolitana, da Serra, no Litoral e em Porto Alegre. “Para nossa surpresa positiva, a gente teve uma adesão muito grande de todas as cidades. As distribuições foram equilibradas tanto nos centros como nas comunidades mais periféricas”, afirmou a gerente regional.
Ainda segundo ela, os pontos da faixa litorânea serviram como espaços para receber aparelhos de diversas cidades devido ao grande número de veranistas de diferentes municípios durante o verão. O encerramento da campanha Seja Digital marca o fechamento de um ciclo dentro de uma grande mobilização que começou ainda no mês de setembro do ano passado, com a conscientização para que a comunidade se digitalizasse. O desligamento do sinal começou no dia 31 de janeiro e, até o 14 de março, a expectativa é de que se possa chegar a 100% da população digitalizada.
De acordo com o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), a parceria com a Seja Digital na Capital possibilitou a destinação adequada de um resíduo que não é recolhido pelas coletas regulares da cidade. Além disso, o material não é aceito em postos de entrega de eletrônicos por conter substâncias consideradas perigosas e com necessidade de descontaminação. O Departamento informou ainda que a partir desta quinta-feira não recebera mais estes equipamentos.