Três viaturas da Brigada Militar estavam na manhã desta terça sendo utilizadas para reter quatro presos em frente ao Palácio da Polícia, na avenida Ipiranga, em Porto Alegre, devido à falta de vagas no sistema prisional. No local, fica a 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (2ª DPPA) que tinha até o dia 24 de fevereiro 17 presos. Na 3ª DPPA, até o dia 25 eram três detentos.
Um levantamento da Ugeirm/Sindicato aponta que 86 presos estão em delegacias de Porto Alegre e da Região Metropolitana – Viamão, Novo Hamburgo, Alvorada, Canoas, Gravataí, Taquara, São Leopoldo e Charqueadas. O vice-presidente da Ugeirm, Fábio Castro, disse ainda que mais 14 detentos estão na sede do Deic aguardando vaga nos presídios.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o tempo de permanência de presos aguardando vagas no sistema prisional em carceragens das delegacias de Porto Alegre diminuiu 81% em janeiro, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados mostram que, no primeiro mês de 2017, a média de dias aguardando nas celas das 2ª e 3ª Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento de Porto Alegre (DPPAs) era de 10,23. Em 2018, houve uma redução para 2,03 dias.
A secretaria informou que a primeira galeria da Penitenciária de Canoas (Pecan 2) começou a receber detentos em julho de 2017. A unidade, administrada pela Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), integra o Complexo Penitenciário de Canoas. Os centros de triagem somam 292 vagas. O primeiro foi construído em agosto do ano passado a partir de uma parceria entre o Estado e o Exército Brasileiro em uma área anexa ao Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), no bairro Partenon. Os outros dois centros foram construídos na Cadeia Pública de Porto Alegre.
O primeiro começou a funcionar em agosto do ano passado. As estruturas recebem exclusivamente presos provisórios que aguardam por vaga no sistema prisional em delegacias de polícia.