Depois de quase sete anos usando contêineres e espaços provisórios como salas de aula, os alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Maria Cristina Chiká, localizada na Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, começaram o novo ano letivo em um novo prédio. Ele abriga 13 salas de aula e dois laboratórios, que vão se somar às sete salas já existentes.
Com quase 750 estudantes, a falta de espaço prejudicava o processo de aprendizado, já que as turmas sofriam com o forte calor do verão e com as chuvas, pois dentro das salas improvisadas havia muitas goteiras. Para a diretora da escola, professora Ivelise Camboim, com o prédio novo, professores e alunos terão mais tranquilidade e conforto.
“Graças a Deus as salas emergenciais fazem parte do passado e nós estamos, agora, em ótimas instalações, que era a nossa maior aspiração para poder desenvolver um trabalho com maior qualidade, porque o prédio influencia muito na organização das tarefas. Com uma melhor instalação, os alunos rendem muito mais”, disse a diretora.
A professora da Educação Infantil Keith da Silva Sosca foi uma das docentes que trabalharam dentro das salas de aula improvisadas nos contêineres. Ela relembra as dificuldades de lecionar nas salas antigas. “Logo que eu vim trabalhar nesta escola, há dois anos, a minha turma era naquele espaço. Os problemas eram o calor excessivo, a umidade quando chovia, as janelas eram pequenas e as crianças sofriam muito com o calor. O barulho externo também atrapalhava muito. Agora é um mundo novo”, comemora.
Segundo a Secretaria Estadual da Educação, as obras custaram cerca de R$ 3 milhões. Ainda no primeiro semestre deste ano, uma subestação de energia será concluída e permitirá a instalação de equipamentos mais modernos e um elevador no prédio novo. Além das obras e das mesas e cadeiras novas, a estrutura externa e interna de salas recebeu novas pinturas e os banheiros foram consertados.
Início do ano letivo
As aulas na rede pública estadual de ensino começaram oficialmente nesta segunda-feira. Das 2.545 escolas da rede, aproximadamente duas mil voltaram às atividades. Em função da greve de professores e funcionários estaduais, que durou 94 dias em 2017, algumas escolas ainda estão cumprindo o calendário de recuperação do ano letivo. É o caso do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre. A instituição, umas das maiores do Estado, terminará o ano letivo do ano passado apenas na próxima semana. As aulas de 2018 começarão apenas no dia cinco de abril.