O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,38% em fevereiro – sendo a menor taxa para o mês em 18 anos e a segunda menor desde a implantação do Plano Real, em 1994. O dado, que foi divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta ainda que a variação do IPCA de fevereiro ficou bem próxima àquela constatada em janeiro, quando a taxa chegou a 0,39%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA foi de 2,86% – ficando abaixo dos 3,02% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. No ano, o índice acumula 0,77%, menor taxa nesse período desde a implantação do Plano Real.
O serviço que registrou maior alta no período foi a educação. Segundo o IBGE, o crescimento de 4,01% é devido aos reajustes aplicados no setor no início do ano letivo – em especial, no aumento da mensalidade de cursos regulares, cujos valores subiram 5,24%.
O serviço de transportes registrou segunda maior alta no mês, com crescimento de 1,11%. O aumento da inflação no setor foi incrementado pelo aumento do preço dos combustíveis – que cresceu 2,03% no período – e também pelos ônibus urbanos, cuja tarifa aumentou 2,01%.
Porto Alegre única capital com alta na energia elétrica
Assim como em janeiro, o principal impacto negativo no índice veio do grupo habitação (-0,51%), influenciado principalmente pela energia elétrica (-2,99%). Das 11 capitais pesquisadas, apenas Porto Alegre teve aumento no valor da energia elétrica devido ao reajuste de 29,60% na tarifa da CEEE, em vigor desde 21 de dezembro. Enquanto isso, em Goiânia o serviço teve redução de 5,84%.
O segundo setor que apresentou maior queda em fevereiro foi o de vestuário, com -0,73%. Já os serviços de alimentação e bebidas desacelerou 0,13% no mês – sendo que em aneiro a taxa havia sido de 0,76%.
Os alimentos consumidos em casa variaram, também, 0,13%. Os preços de alguns produtos subiram bastante como o tomate (29,07%), a cenoura (17,96%) e a cebola (10,37%). A batata-inglesa e as carnes vieram com queda, respectivamente, de 3,50% e 0,70% após a alta de 11,70% e 1,53% de janeiro.