Após anunciar investimentos para jovens infratores, primeira-dama do RS dispara contra rótulo “Bela, recatada e do lar”

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Após ter vindo a público anunciar a ampliação de um programa para recuperação de jovens infratores, a discreta primeira-dama do Rio Grande do Sul, Maria Helena Sartori, criticou a complacência de mulheres que estão ao lado de autoridades endossando o rótulo de “bela, recatada e do lar”. O estereótipo virou alvo de debates após a revista Veja ter publicado matéria, em 2016, sobre Marcela Temer, esposa do presidente Michel Temer. No texto, a jovem é considerada bonita, admirada, educada e comedida.
No entanto, além de ser a primeira-dama do Estado, Maria Helena Sartori, também comanda as secretarias de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos. Com duas passagens pela Assembleia Legislativa, a ex-deputada pelo MDB também foi a primeira líder de governo no Parlamento, em 2006.
Por isso, Maria Helena Sartori adverte que algumas primeiras-damas detêm características distintas, umas com papel ativo na vida pública e outras não. Porém, o rótulo “pejorativo” não pode se sobrepor as mulheres que atuam na política. “Eu tenho visto muito, uma certa resistência ao papel da primeira-dama, quando na verdade é um papel que ajuda e participa. Então, o que as pessoas precisam ver é que existem primeiras-damas que não vão se envolver com a política, mas existem outras, que tem histórico de participação política, assim como eu, que querem atuar, mas acabam sendo rotuladas”, diz.
A fim de ampliar o debate, Maria Helena Sartori participará de encontro promovido pela Famurs, destinado para mulheres na política com objetivo de debater o assédio moral no serviço público. “Este tema de grande relevância foi escolhido para esclarecer aos gestores e servidores o significado do assédio moral e suas consequências”, ressalta a primeira-dama da Famurs e de Rio dos Índios, Adriane Perin de Oliveira. O evento ocorre de 21 a 23, em Torres.
Eleições 2018
Se o governador José Ivo Sartori (MDB) concorrer à reeleição, Maria Helena, que é suplente, somente poderá disputar cadeira na Assembleia Legislativa, caso se torne titular antes de 7 de abril, um dia após o prazo de desincompatibilização.