Termina neste sábado (17) o horário de verão, quando os relógios devem ser atrasados da meia-noite para as 23 horas. O principal objetivo da medida é melhorar o aproveitamento da luz natural. Com os dias mais longos, é possível reduzir o consumo de energia elétrica e diminuir a demanda no horário de pico do consumo.
A redução de consumo no horário de ponta na área da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) foi de 0,6% e de 1,68% na demanda. Em números, a economia foi de 7.503 MWh (sete mil quinhentos e três megawatts hora), suficiente para abastecer por 21 dias uma cidade como Osório, que tem 40 mil habitantes.
Segundo o diretor de Distribuição da CEEE, Júlio Hofer, apesar de muitas pessoas não gostarem das mudanças, elas são necessárias para gerar economia. “Nós sabemos que o horário de verão causa uma perturbação na vida das pessoas, que têm que mudar os hábitos e isso tem um aspecto negativo, mas quando a gente olha pelas questões da economia e da necessidade de sistema, há ganhos na redução de consumo e demanda”, explicou Hofer.
A CEEE atende 1,6 milhão de clientes em 72 municípios gaúchos. A Companhia considera como horário de ponta aquele compreendido entre 19h e 22h, que é quando as pessoas chegam em casa e ligariam as luzes e demais aparelhos elétricos. Com o horário de verão, há o melhor aproveitamento da luz do dia e o consumo de eletricidade é menor.
A RGE e a RGE Sul também divulgaram o balanço da economia das companhias com o horário de verão. Após 126 dias, o grupo CPFL, que controla as duas distribuidoras e atinge 373 municípios gaúchos, registrou uma redução de 0,57% na demanda global por energia elétrica no horário de ponta nas áreas de concessão, o que corresponde a 107.994 MWh, energia suficiente para atender por 24 dias uma cidade como Caxias do Sul.