Gaúcho de Porto Alegre, Matheus Kunzler Maldaner, de 16 anos, estava na escola Marjory Stoneman Douglas High School de Parkland, da Flórida, no momento do tiroteio que deixou 17 mortos – entre eles, seu professor de geografia. O gaúcho estuda no colégio desde agosto do ano passado, quando ele, os pais e a irmã se mudaram para os Estados Unidos.
“Vai ser difícil voltar às aulas, sabendo que essas pessoas não vão mais estar lá. Eu só agradeço por estar bem”, desabafou o gaúcho em entrevista para a Record RS nesta quinta-feira. As atividades serão retomadas na segunda-feira, mas hoje haverá uma cerimônia na escola em homenagem às vítimas. “Estou indo para lá, para dar suporte. Está todo mundo abalado, o clima é de luto”, contou.
“Se fosse hoje, eu estaria no lugar onde ocorreu os disparos”
O atirador – um jovem, de 19 anos, – chegou na escola com um fuzil semiautomático AR-15 e uma grande quantidade de munição. Após acionar o alarme de incêndio, começou a disparar, atingindo a sala onde o professor de geografia de Matheus dava aula. “Se fosse hoje ou terça, eu estaria na sala, bem no lugar onde ocorreu os disparos”, contou.
Matheus não chegou a conhecer Nikolas Cruz – que foi expulso da escola por razões disciplinares. Mas disse que todo mundo no colégio comentava que ele tinha distúrbios mentais e se sabia que ele tinha armas em casa. “Ele não gostava da escola e fez como um tipo de vingança. Pelo menos, é o que estão especulando por aqui”, relatou.