O secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse que se depender da Secretaria, a clínica particular Vacix, de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, que estava aplicando vacinas irregulares “não vai reabrir”. A clínica foi interditada nessa quarta-feira por suspeitas envolvendo a origem das doses de vacinas contra a febre amarela, Meningo B e Meningite quadrivalente ACWY, que eram aplicadas em pacientes no estabelecimento.
Segundo Gabbardo, a clínica funcionava há cerca de um ano. “Há muitas obrigações que esta clínica não estava cumprindo: uma delas é passar a informação de todas as pessoas que foram vacinadas com as informações correspondentes aos lotes das vacinas e origem. Como nenhuma clínica particular tem vacina para febre amarela, então isso não gerou desconfiança. Só existe essa vacina na rede pública. No entanto, se constatou que essa clínica vinha cobrando das pessoas para fazer uma vacina e que, provavelmente, essa vacina era inexistente”, explicou o secretário.
A partir de denúncias, a Vigilância Sanitária de Novo Hamburgo esteve no estabelecimento e constatou que as vacinas contra febre amarela e meningite não eram aplicadas. A injeção estaria vazia. Além disso, as agulhas seriam reaproveitadas. “A Clínica está interditada. Se confirmar estas irregularidades que estão sendo investigadas, ela não tem condições de reabrir. Se depender da Secretaria da Saúde ela não vai reabrir mais”, disse o chefe da pasta da Saúde.
A proprietária da clínica foi presa preventivamente e responderá por crimes contra as relações de consumo e contra a própria saúde pública.
