Uma pessoa ficou ferida nesta quarta-feira (14) em um tiroteio que ocorreu perto da sede da agência de inteligência americana, a NSA, nos arredores da capital Washington, informou um porta-voz do órgão. “Podemos confirmar que há uma pessoa ferida, mas não sabemos como aconteceu o incidente”, informou o porta-voz, indicando que todas as vias que levam à área foram fechadas ao tráfego “em razão da investigação policial”. “A situação está sob controle e não foram constatadas novas ameaças à segurança”, acrescentou.
A NBC Washington difundiu imagens de um veículo junto às barreiras que protegem a entrada do complexo que conta com segurança máxima. Na imagem, se pode ver uma pessoa algemada. O presidente Donald Trump foi informado sobre o incidente, segundo indicou a Casa Branca.
“O presidente foi informado sobre o tiroteio em Fort Meade. Nossos pensamentos e orações acompanham todas as pessoas que foram afetadas”, assinalou a Casa Branca em um comunicado. Por sua vez, o FBI (a Polícia Federal americana) indicou que a agência local na cidade de Baltimore preparava-se para assumir a investigação do caso, acrescentando ser prematuro determinar se o incidente se tratou de um ataque à instalação. “Os agentes estão apurando os fatos”, declarou o FBI.
A NSA é uma agência de inteligência secreta especializada em ações de vigilância eletrônica. Tornou-se mundialmente famosa em 2013, quando um de seus analistas de inteligência, Edward Snowden, revelou detalhes de como a agência realizava ações de espionagem em todo o mundo e até mesmo em cidadãos americanos. Os documentos vazados por Snowden revelaram uma impressionante rede de grampos a telefones e até a existência de tribunais secretos para autorizar a NSA a interceptar dados.
Snowden também mostrou como as maiores empresas de telecomunicações dos Estados Unidos colaboravam com a NSA no monitoramento de seus próprios clientes. Em março de 2015, um incidente semelhante já havia sido registrado na entrada da NSA, quando oficiais em serviço dispararam contra uma van, causando a morte do motorista e ferimentos graves a um passageiro.
A segurança em torno das agências de segurança dos Estados Unidos foi fortemente reforçada depois de um ataque com arma automática contra carros que esperavam para entrar na área reservada da Agência Central de Inteligência (CIA). Em 1993, um homem identificado como Aimal Kasi abriu fogo contra os automóveis, matando dois funcionários da CIA. Kasi conseguiu escapar para seu país natal, o Paquistão, embora, finalmente, os Estados Unidos tenham obtido sua prisão e extradição quatro anos depois. Kasi foi condenado por assassinato e executado em 2002.