Após desabamento, viadutos de Brasília passam por vistorias

Depois do desabamento de parte do viaduto na área central de Brasília, há uma semana, os principais viadutos e pontes da capital do país estão passando por vistoria. O trabalho avançou durante o feriado prolongado de carnaval e deve prosseguir nos próximos dias.
Em meio à programação de folia dos blocos de rua, equipes da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) e da Defesa Civil acompanham as obras de escoramento do viaduto que desabou no Eixo Rodoviário Sul, conhecido como eixão.
A estrutura em torno do bloco que caiu está recebendo vigas de sustentação e a expectativa é de que até a próxima quinta-feira (15) a passagem esteja liberada para pedestres e veículos.
“São várias ações. Primeiro é permitir o fluxo contínuo dos carros no Eixão com duas alças, cada uma delas com três faixas. Recuperando o fluxo contínuo do Eixão, a gente pode retomar a normalidade na cidade, não ter esses engarrafamentos que estão acontecendo por conta do desabamento do viaduto. A segunda ação é terminar o escoramento de toda a estrutura. É um trabalho lento porque a gente tem que fazer com segurança”, explicou à Agência Brasil o engenheiro Márcio Buzar, diretor do DER-DF.
Segundo Buzar, ainda há risco de desabamento no local, por isso o trabalho de garantir a estabilidade da estrutura tem sido intenso. Desde a queda do viaduto, 200 profissionais (150 no turno do dia e 50 à noite) trabalham na área das 7h às 23 horas. Encerrada a etapa de escoramento do viaduto, o espaço será liberado para coleta de amostras para análise por técnicos da Universidade de Brasília (Unb).
A estrutura que desabou ainda não foi removida do local. Quatro carros ainda estão embaixo do bloco que se rompeu do viaduto. O proprietário de um dos veículos tem ido diariamente ao local do acidente para checar como será a remoção da estrutura. “O que a gente precisa é ter uma noção de como teremos acesso ao veículo para retirar bens materiais nossos que estão lá, documentação, carteira, esse tipo de coisa”, relatou o bancário Lindenbergue Igor Silva.