O ministro de Transportes da Rússia, Maxim Sokolov, que lidera a comissão governamental encarregada de investigar o acidente com o avião bimotor AN-148, que caiu nos arredores de Moscou neste domingo (11) e matou as 71 pessoas que estavam a bordo, indicou que para identificar as vítimas serão necessários exames de DNA.
Segundo dados preliminares, todos os ocupantes do avião eram cidadãos russos. O avião, que pertence à companhia aérea Saratov Airlines, desapareceu dos radares minutos depois de decolar do aeroporto internacional de Domodedovo, em Moscou.
O AN-148, que realizava o voo regular 6W 703 com destino à cidade de Orsk, ao sul dos montes Urais, tinha decolado de Moscou às 14h21 (hora local; 9h21 em Brasília).
Logo após ser divulgada a notícia do acidente, foi organizado no aeroporto de Orsk um centro de atendimento psicológico para os familiares dos passageiros do voo 6W 703.
O Comitê de Instrução da Rússia indicou que não descarta nenhuma linha de investigação. “Serão investigadas todas as possíveis causas do acidente: as condições do tempo, o fator humano, o estado do avião e outros desenvolvimentos dos eventos”, afirmou a porta-voz do comitê, Svetlana Petrenko.
A Saratov Airlines emitiu um comunicado no qual ressaltou que o capitão da aeronave, Valeri Gubanov, era um piloto experiente, com 5 mil horas de voo, das quais 2,8 mil foram acumuladas em aviões AN-148.
Segundo a companhia, o avião, de matrícula RA-61704, fabricado em 2010, tinha sido adquirido há dois anos. “A operação de busca (na região do acidente) continua. E estes trabalhos permanecerão sem interrupção”, declarou o ministro para Situações de Emergência da Rússia, Vladimir Puchkov.
Segundo a pasta, as equipes de resgate conseguiram recuperar uma das caixas-pretas do avião.
O AN-148 é uma aeronave projetada pela empresa ucraniana Antonov para cobrir rotas de média distância, com uma autonomia de voo de 2,2 mil e 4,4 mil quilômetros, dependendo da sua configuração.