Incêndio atinge floresta de Pinus Elliotti em Cidreira

Na véspera de completar um ano do incêndio que consumiu uma floresta de Pinus Elliotti da Habitasul, na imediações da ERS 784, em Cidreira, no Litoral Norte, um novo incêndio ameaça consumir uma outra floresta da empresa na mesma região. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo iniciou na quinta-feira à tarde e, em menos de 24 horas, ameaçou atingir dezenas de casa do bairro Parque dos Pinos.
Segundo os bombeiros, os focos que estavam próximos das casas foram liquidados, mas a região seguirá sendo monitorada. A causa mais provável do incêndio seria de algum lixo que tenha sido incendiado, já que há casos quase diários deste tipo de ocorrência na região. De antemão, os bombeiros também ressaltaram que este incêndio é de proporções consideravelmente menores do que o ocorrido há quase um ano.
De acordo com o autônomo Rogério Gomes Machado, 47, que é morador do bairro Parque dos Pinos e ajudou a combater as chamas, a parte mais crítica do incêndio foi na sexta-feira à tarde. “O vento sul trouxe o fogo pra perto das casas. O povo todo ajudou a apagar com baldes de água. A fumaça infestou as casas”, relatou. Segundo ele, a floresta possui cerca de 250 hectares e, entre os problemas que ajudam o fogo a se alastrar, está o corte do mato e de árvores que são deixados no chão da floresta. “Eles cortam para as árvores engrossarem. Mas aí ajuda também a espalhar o fogo”, afirmou.
Na região também há muitas casas em área de ocupação que ficam próximas da floresta. “Poderia ter sido uma tragédia. A sorte também é que o vento voltou a mudar”, disse Machado, se referindo a volta do vento Nordeste. A expectativa dos bombeiros é de que o fogo acabe se extinguindo por si na floresta, o que pode levar alguns dias. Devido a falta de acesso, não há como combater as chamas no interior da floresta.

No ano passado, o incêndio que devastou 1,2 mil hectares de floresta de pinus da Habitasul, na zona rural da Lagoa da Fortaleza, pôde ser acompanhado de outros municípios devido a fumaça expelida pela queima dos pinos. Ele foi controlado após uma semana de combate e ações de prevenção.

Na época, o comandante da companhia do Corpo de Bombeiros que atende Osório, Tramandaí, Santo Antônio da Patrulha e Cidreira, capitão Jocemarlon Acunha Pereira, afirmou que esta foi a maior ocorrência que presenciou na região. “Nunca vi dessa proporção, mas o pessoal disse que há mais de uma década houve um semelhante em Quintão”, relatou após a conclusão dos trabalhos na região.