Após a saída do secretário estadual de Minas e Energia, Artur Lemos Junior, do governo Sartori, o PSDB estima que, aproximadamente, outros 50 cargos ocupados pelo partido no governo gaúcho devam ser liberados nas próximas semanas. A estimativa é do presidente da sigla no Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Segundo o tucano, a saída do partido se dá para que o PSDB formule uma proposta alternativa para o Rio Grande do Sul, já que o próprio Leite é pré-candidato ao Piratini. “É público que nós estamos elaborando um projeto para apresentar à população no próximo processo eleitoral. É evidente que nós colaboramos com o governo e com o Rio Grande do Sul nesta gestão, mas agora estamos trabalhando com um projeto novo para os próximos quatro anos”, declarou.
Apesar da liberação dos cargos, a executiva do PSDB se reuniu na última quarta-feira e confirmou que vai continuar apoiando o governo para a aprovação do projeto que adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal e, também, das Propostas de Emendas à Constituição (PEC) estadual para que a CEEE, Sulgás e Companhia Riograndense de Mineração (CRM) possam ser privatizadas sem a necessidade de plebiscito. Os temas devem voltar à pauta da Assembleia Legislativa no próximo dia seis de fevereiro, já que nenhum deles foi votado nas sessões extraordinárias realizadas nesta semana.
“Nossa preocupação não é de apoio ao governo, mas uma questão de Estado. Nós queremos ajudar o Rio Grande do Sul a sair de uma grave crise provocada por tanta irresponsabilidade dos governos anteriores”, disse Leite.
Sobre a liberação dos cargos no governo Sartori, o presidente do PSDB não definiu uma data para que as indicações do partido deixem as posições, mas afirmou que isso deve ocorrer ao longo do mês de fevereiro. Em nota, o governador agradeceu ao ex-secretário e à equipe pelo papel desempenhado no governo.