Apesar das adversidades econômicas vivenciadas em 2017, das quais ninguém esteve imune, as cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul devem confirmar um crescimento adicional de R$ 1,2 bilhões no seu faturamento em relação à 2016, ultrapassando R$ 20,8 bilhões de movimento econômico. Os números foram anunciados nesta quarta-feira pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), em coletiva de imprensa na sede da entidade, em Porto Alegre. A FecoAgro/RS reúne 35 cooperativas do setor primário que atuam em diferentes segmentos do agronegócio.
O índice de crescimento apresentou-se inferior à média dos últimos anos em razão da recessão econômica, que teve reflexos no consumo das famílias, e pela demora na comercialização dos grãos, em função da redução dos preços da produção. Apesar disso, os resultados líquidos devem ser superiores a R$ 410 milhões, superando em 7,7% a soma dos resultados obtidos no ano de 2016. “Isto demonstra claramente um acerto na gestão das cooperativas em observar ações para redução de custos operacionais em todos os seus processos e a otimização de estruturas, mesmo diante de um significativo volume de produtos, especialmente soja, ainda a faturar, cuja operacionalização computa todos os custos decorrentes do estoque de passagem”, destacou o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires.
Segundo balanço, os preços médios recebidos pelos produtores no ano de 2017, comparativamente aos percebidos em 2016, para os principais grãos, tiveram variações negativas na ordem de 14,7% para a soja, 39,6% para o milho e 16,4% para o trigo. Este comportamento repercute diretamente no valor dos ingressos e das sobras nas cooperativas. Apesar da recessão, o sistema projeta crescimento econômico contínuo e expressivo nos próximos anos.