A Justiça de Porto Alegre determinou nesta quinta-feira a soltura dos 16 presos envolvidos na queima de pneus, ocorrida em meio ao julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, registrada nessa quarta-feira, nos bairros Azenha e Teresópolis, em Porto Alegre. A decisão foi proferida pelo juiz Volnei dos Santos Coelho, do Foro Central. O pedido de soltura foi solicitado pelo Ministério Público. Pela manhã, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) confirmou que os presos tinham sido levados para o sistema prisional. Três homens foram levados ao Presídio Central e 13 mulheres à Penitenciária Madre Pelletier. Na decisão, o juiz Volnei dos Santos Coelho considerou que os envolvidos não possuem envolvimento com facções criminosas. “Não há elementos a indicar associação criminosa no que tange à prática reiterada, organizada e no tempo. Nenhum flagrado mantido preso possui antecedentes. Não vislumbro necessidade de prisão preventiva. Concedo liberdade provisória com condição de comparecimento a todos os atos processuais, devendo manter endereço”, afirmou. Inicialmente, a Polícia Civil informou que 28 pessoas haviam sido encaminhadas à 3ª Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA). Entretanto, o número de pessoas efetivamente encaminhadas à prisão foi menor. Entre elas, há uma mulher de nacionalidade portuguesa. O grupo ateou fogo a pneus e bloqueou o trânsito durante a reta final do julgamento do recurso do ex-presidente Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que manteve o petista condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A Brigada Militar, que fazia o monitoramento da situação, indicou o grupo a ser abordado. Dois veículos foram interceptados por uma guarnição. Os PMs também apreenderam um adolescente, encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Deca). Nos veículos, a BM encontrou faixas, máscaras e material inflamável.
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