Falta de luz atribuída a uma pane em um alimentador transferiu para a Praça da Matriz um ato em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vai ser julgado nesta quarta-feira no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). A manifestação, que era prevista para ocorrer no Teatro Dante Barone, conta com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff.
Presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann tratou a falta de energia como um suposto boicote. “Ato das mulheres bombando aqui em Porto Alegre, apesar do boicote. Faltou luz na Assembleia Legislativa na abertura do evento. Fomos pra praça em frente ao prédio e continuamos. Ninguém segura a mulherada”, escreveu Gleisi no Twitter.
Já Dilma disse que nunca antes a Assembleia Legislativa teve a energia cortada em um ato político. “Nós estamos aqui numa resistência democrática. Antes, a resistência era contra a ditadura, hoje é contra o golpe parlamentar e midiático que vive o Brasil”, afirmou. “Independente do que aconteça, eu espero que o Judiciário resgate o fato de que vivemos numa democracia e que seja isento na sua avaliação”, concluiu a ex-presidente.
O presidente da AL, deputado Edegar Pretto (PT), vai formalizar um pedido junto à CEEE para que explique as causas da queda de energia. No início da tarde, a concessionária detalhou que o defeito ocorreu em um alimentador de média tensão da rede subterrânea e afetou 40 clientes, entre eles a Assembleia e o Palácio Piratini.
Faltou luz entre 9h30min e 10h40min e, mesmo depois do imprevisto, os manifestantes preferiram continuar do lado de fora. A rua Duque de Caxias permanece bloqueada, entre as ruas General Auto e Espírito Santo, assim como as vias do entorno da Praça da Matriz.