Três presos foram encontrados mortos no interior da Casa de Custódia de Curitiba na madrugada desta segunda-feira. Segundo a secretaria estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária, três detentos já assumiram a autoria dos homicídios, mas como decidiram só se pronunciar em juízo, a motivação dos crimes continua sendo investigada. A secretaria, no entanto, suspeita que os homicídios foram provocados por uma disputa interna entre os presos.
De acordo com o coordenador da Central de Flagrantes de Curitiba, delegado Fábio Machado dos Santos, os detentos Bruno Aparecido Guedes, 30, Giuseppe Luis dos Santos, 36, e Marcos Germano dos Santos, 36, foram mortos ao retornar à cela, logo após o fim do horário de visitas, por volta das 18 horas.
Ainda segundo o delegado, as vítimas apresentavam ferimentos letais causados por objetos perfurocortantes (armas brancas). Três “estoques” (lâminas de ferro com pontas afiadas) foram encontrados pela equipe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) – um deles cravado no corpo de uma das vítimas.
Após prestarem depoimento na Central de Flagrantes, os três suspeitos de homicídio qualificado foram reconduzidos para a própria Casa de Custódia.
Em funcionamento há 15 anos, a Casa de Custódia é classificada pelo Departamento Penitenciário paranaense como uma unidade de segurança máxima. Com 432 vagas, já em setembro de 2017 abrigava a 625 detentos – todos homens condenados ou que respondem a crimes contra mulheres.
O Departamento Estadual de Administração Penitenciária (Depen) e a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária não informaram o total de presos atualmente abrigados na unidade.