A indústria de transformação do Rio Grande do Sul encerrou 2017 com alta de 1,5% nas exportações, no comparativo com o ano anterior. Foram embarcados, ao todo, US$ 12,6 bilhões. “O resultado, no entanto, devolve apenas uma pequena fração das perdas sofridas pelo nosso setor nos últimos anos. Precisamos crescer 23,9% para retomar o nível que havíamos conquistado em 2011″, explica o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry. Em 2016, as vendas externas do setor caíram 2,3%.
Ao elevar as compras de produtos gaúchos em 32,3%, o Mercosul contribuiu para o aumento da demanda. A Argentina se consolidou como o principal importador, com um incremento de 43,8% (um total de US$ 1,87 bilhão).
Das 24 categorias que registraram alguma operação de venda para o exterior no ano passado, 15 finalizaram em alta, oito caíram e uma manteve-se estável. As principais contribuições positivas para o setor secundário vieram de Veículos automotores, reboques e carrocerias (40,9%). Químicos também se mostrou um setor de destaque, com elevação de 13,7%. Outros equipamentos de transporte, em função da ausência de exportações de plataformas de petróleo em 2017, ocorridas em 2016, caiu 94,6%. Celulose e papel e Alimentos recuaram 23,4% e 2,5%, respectivamente, em 2017.
Já as exportações totais no ano passado somaram US$ 17,8 bilhões, o que representa uma alta de 7,3% em relação a 2016.
Ainda sobre 2017, as importações totais chegaram a US$ 9,9 bilhões, avanço de 19,4%. Na separação das mercadorias por categoria de uso, todos os subgrupos avançaram, especialmente Bens intermediários (16,6%), Bens de consumo (39,7%) e Combustíveis e lubrificantes (20,3%).
Somente em dezembro de 2017, as exportações do Rio Grande do Sul alcançaram US$ 1,53 bilhão, 23,7% a mais do que em 2016. As commodities registraram o melhor fim de ano de toda a série histórica: US$ 377 milhões. Já a indústria embarcou US$ 1,15 bilhão, o que representa incremento de 3,6%.