Homens armados e encapuzados atacaram um carro-forte, na tarde desta quinta-feira, na zona Norte de Porto Alegre, e amarraram artefatos semelhantes a bombas caseiras aos corpos de dois dos reféns. No total, quatro funcionários da transportadora de valores foram rendidos e os malotes do blindado, violados, conforme a Brigada Militar. Dois funcionários da STV acionaram socorro depois de terem sido libertados na avenida Severo Dullius e voltarem ao local do crime, que ocorreu na travessa Arno Phillip, no bairro Anchieta.
Os dois tiveram supostas bombas fixadas ao corpo mas, conforme a Polícia Civil, a quadrilha decidiu liberar um deles sem o artefato e roubar, também, o colete à prova de balas desse vigilante. Agentes do Grupo de Ações Táticas da BM (Gate) foram acionados perto das 16h e, às 18h15min, fizeram a retirada do suposto explosivo do segundo trabalhador. A suspeita inicial é de que se trate de um simulacro. A passarela de usuários do Trensurb teve de ser isolada, momentaneamente, para o trabalho, que também mobilizou o Samu, Bombeiros e o 11º BPM.
Conforme o relato dos funcionários reféns, o bando agiu em um SUV Mitsubischi, com o apoio de um caminhão-baú. Os outros dois seguranças só foram liberados em Canoas. A BM ainda não informou a quem pertenciam os malotes. Além do dinheiro, a quadrilha levou as armas e os coletes dos quatro vigilantes.
A Delegacia de Furtos e Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) vai investigar o caso. Os trabalhadores deixados em Canoas prestaram depoimento perto do fim da tarde. O delegado João Paulo Abreu suspeita que a quadrilha tenha recebido informações privilegiadas sobre o modo de atuar da transportadora de valores. Ele garante que um dos criminosos, já identificado, é suspeito da participação em outros crimes em Porto Alegre.