A nova defesa do “bruxo” suspeito de ter esquartejado duas crianças durante um suposto ritual macabro quer levar a discussão para o âmbito federal. O Escritório Mejìa Advogados, que assumiu a defesa a partir do abandono do caso pela advogada Denise Dal Molin Pellizzoni, definiu que essa é a primeira estratégia. Agora, os advogados Marco Alfredo Mejía, José Felipe Lucca e Evandro Mariani respondem pela defesa do suspeito.
Conforme Mejía, “se houve o envolvimento de crianças argentinas e se há suspeita de tráfico infantil, isto é de competência da Justiça Federal, não da Justiça comum”, afirmou. Ainda conforme ele, a prisão se trata de discriminação religiosa. “Vamos também solicitar a liberdade provisória dele e comprovar que se trata de uma disputa religiosa. No conjunto probatório, não há comprovação de envolvimento dele”, ressaltou.
Nesta quarta-feira, o desembargador Sylvio Baptista Neto, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, negou o pedido de liberdade do suspeito. Assim, o homem segue preso por tempo indeterminado.
De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, na decisão, o desembargador pediu mais informações do caso ao juiz do Foro de Novo Hamburgo. Detalhes sobre a liminar não foram divulgados já que o processo tramita em segredo de justiça.