O Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM) segue mobilizado para localizar e capturar a cobra que atacou e matou o menino Guilherme da Silva, de 12 anos, na tarde de domingo, véspera de Ano Novo, no rio Teixeira, na localidade de Buitiá Grande, em Ipiranga do Sul, no Norte do Rio Grande do Sul. A principal suspeita é de que o animal seja uma sucuri.
O menino entrou no rio para nadar com um irmão, de 15, quando aconteceu o ataque. A cobra enrolou-se na vítima que debateu-se antes de ser levada para o fundo da água. O irmão conseguiu escapar com vida. Moradores encontraram o corpo da criança somente na manhã dessa segunda-feira. Guilherme teve ossos quebrados por uma pressão mecânica muito forte, incluindo um braço e parte das costelas, conforme o laudo da necropsia. O menino também ingeriu água durante o incidente. Ele residia na vila Santa Rita, em Passo Fundo, e viajou para passar o feriadão com familiares em Ipiranga do Sul.
Espécie exótica e estranha para fauna gaúcha
Os efetivos das Patrulhas Ambientais de Erechim, Passo Fundo e Nonoai começaram na manhã desta terça-feira uma varredura na área. Comandante do CABM, coronel Vitor Hugo Cordeiro Konarzewski disse que a suspeita é de que a cobra que atacou o menino seja uma sucuri. Trata-se de uma espécie exótica para a fauna gaúcha, e que, por estar no topo da cadeia alimentar, tende a ter comportamento agressivo e predador. Moradores já haviam relatado a existência de cobras de grande porte na região.