
O tráfego nas rodovias do Rio Grande do Sul segue em alta e confirma a recuperação da mobilidade no estado. Em outubro de 2025, o volume de veículos nas estradas gaúchas foi 6,9% maior que no mesmo mês do ano anterior, resultado puxado pelo aumento de 8,7% no fluxo de veículos leves e de 1,3% entre os pesados. O crescimento expressivo reflete, em parte, a base deprimida do período posterior ao evento climático extremo de 2024, mas também evidencia os efeitos dos investimentos e esforços de reconstrução da infraestrutura rodoviária realizados desde então.
Entre setembro e outubro de 2025, o Índice de Tráfego de Veículos nas Rodovias, elaborado pela Veloe em parceria com a FIPE, apontou alta de 1,3% no fluxo agregado, já descontados os efeitos sazonais. O avanço foi sustentado pelo aumento de 2,6% no movimento de veículos leves, que compensou a ligeira queda de 0,3% entre os pesados.
No acumulado de 2025, até outubro, o tráfego total de veículos nas rodovias do estado cresceu 16,4% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado foi impulsionado pelos avanços de 17,9% entre os veículos leves e 12,0% entre os pesados. Considerando os últimos 12 meses, o índice mostra uma expansão de 14,7% no tráfego agregado, com altas de 15,8% nas viagens de veículos leves e de 11,1% nas de pesados — números que consolidam o ritmo de recuperação da circulação de bens e pessoas nas estradas gaúchas.
O levantamento também traz um retrato atualizado da frota veicular do Rio Grande do Sul. Segundo dados da Senatran, o estado contabilizava 8.470.386 veículos registrados em setembro de 2025, o equivalente a 6,6% do total nacional. O número cresceu 0,2% em relação a agosto, 1,9% no acumulado do ano e 2,8% nos últimos 12 meses. Com idade média de 19,2 anos, a frota é composta principalmente por automóveis (58,0%), seguidos de motocicletas (14,7%), caminhonetes (8,2%), camionetas (4,8%), motonetas (3,1%), caminhões (2,9%) e outros tipos de veículos (8,4%).
Em relação aos combustíveis, a maioria dos veículos registrados no estado é movida a gasolina (44,6%), seguida pelos flex (gasolina ou etanol, 37,9%). Os movidos a diesel representam 9,3%, enquanto etanol puro (2,3%), GNV (0,9%) e elétricos ou híbridos (0,3%) ainda têm participação menor.
O conjunto dos dados confirma uma retomada consistente do transporte rodoviário e da atividade econômica no Rio Grande do Sul. O aumento do tráfego e o crescimento da frota revelam não apenas a recuperação das estradas e da infraestrutura, mas também o retorno do dinamismo econômico e social ao estado, que volta a acelerar o ritmo após um período de grandes desafios.