A inadimplência de aluguel no Rio Grande do Sul voltou a subir em junho, saindo de 3,61% no mês anterior, para 4,16%, com variação de 0,55 ponto percentual. Essa taxa é a maior já registrada, desde a criação do índice em 2023, sendo a menor em outubro de 2024, de 2,56%. No comparativo com o mesmo período de 2024 (3,48%), houve um aumento de 0,68 ponto percentual. O índice no estado ficou acima da média nacional, que foi de 3,59% no período. Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário no país.
Segundo Manoel Gonçalves, diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, “a alta da inadimplência no aluguel no Rio Grande do Sul em junho reflete o impacto contínuo da pressão sobre o orçamento das famílias. O cenário indica que muitas pessoas estão enfrentando dificuldades para regularizar seus compromissos, em especial os gastos fixos. É fundamental acompanhar de perto os indicadores de inflação e juros, já que qualquer variação pode comprometer ainda mais a capacidade de pagamento e agravar o endividamento nos próximos meses”.
Em junho, a região Nordeste voltou a figurar no topo do ranking, com uma taxa de inadimplência de 4,80%. A região Norte fechou em 4,09%, após ficar em primeiro lugar em maio (4,77%), uma retração de 0,68 ponto percentual. Centro-Oeste vem logo em seguida, com taxa de 3,78%, ultrapassando o Sudeste, com taxa de 3,38%. A região Sul segue com a menor taxa do país, 3,17%. O levantamento revela ainda que em relação ao tipo de imóvel, na região Sul, a taxa de inadimplência de apartamentos caiu para 1,99%, em junho, abaixo da média nacional de 2,47%; e a de casas de 3,41% para 3,77%, também abaixo da média nacional de 3,96%. Já os imóveis comerciais registraram 4,07% de inadimplência, após 3,45% no mês anterior. No país, a média foi de 4,91% no mesmo período.
No cenário nacional, a inadimplência em imóveis residenciais na faixa de aluguel acima de R$ 13.000 continua em alta, desde junho de 2024, com uma taxa de 6,54%, em junho. Os imóveis residenciais na faixa de aluguel de até R$ 1.000 tiveram a maior alta já registrada desde o início do índice, em outubro de 2023, com 5,79% de inadimplência; a menor foi de imóveis de R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00 (2,17%). Já em relação aos imóveis comerciais a faixa até R$ 1.000,00 continua com a maior taxa (7,48%), sendo a maior já registrada pelo índice também; e a menor foi na faixa de R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00, de 4,17%.