O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu nesta quarta-feira, 18, depois de dois dias de reunião, pela elevação da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, agora em 0,25 ponto percentual: de 14,75% para 15% ao ano, a mais alta desde julho de 2006. A decisão de elevar a taxa, e por unanimidade, é a sétima vez seguida como forma de frear a inflação alterando as concessões de crédito e financiamento, inibindo o consumo e os investimentos.
Em seu comunicado, o comitê enfatiza que “seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado”. A taxa começou a subir em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual e uma de 0,5 ponto.
ESTADOS UNIDOS
O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, decidiu de forma unânime pela manutenção das taxas de juros daquele país na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. A escolha ocorreu apesar da pressão do presidente norte-americano Donald Trump para que a autoridade anunciasse cortes. Essa foi a quarta reunião consecutiva em que o Fed deixa de alterar os juros. Em maio, banco centra dos EUA destacou a perspectiva econômica “incerta” e a atenção a riscos ao justificar sua posição.