Para agilizar PEC dos Benefícios, Câmara encerra sessão depois de um minuto, às 6h30min

Proposta cria um auxílio financeiro para caminhoneiros e taxistas e reajusta valores de programas do governo

Foto: Wesley Amaral / Câmara dos Deputados / CP

Para agilizar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que amplia benefícios sociais, a Câmara dos Deputados abriu uma sessão que durou apenas um minuto, no início da manhã desta quinta-feira. Com a presença de 65 dos 513 parlamentares, o primeiro-vice-presidente da Câmara, deputado Lincoln Portela (PL-MG), abriu os trabalhos às 6h30min e, às 6h31min, anunciou o encerramento da sessão. Nenhum dos oradores inscritos conseguiu falar.

A proposta em questão cria um auxílio financeiro para caminhoneiros e taxistas e reajusta os valores do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás. O texto está em análise na manhã desta quinta-feira em uma Comissão Especial, e a abertura da sessão de um minuto serviu de  manobra para agilizar a apreciação da PEC no plenário – o que o presidente Arthur Lira (PP-AL) pretende fazer ainda nesta quinta.

Isso se dá pelo fato de o regimento interno da Casa prever que para o relatório de um projeto ser analisado na Comissão Especial, é preciso que haja um intervalo de dez sessões no plenário da Câmara. A sessão desta quinta-feira constou como sendo a décima, o que abriu espaço para que a PEC seja votada na comissão.

A questão gerou manifestação do deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), que chamou a ação de “avacalhação do processo legislativo” e criticou o fato de nenhum dos inscritos ter tido a oportunidade de falar.

O presidente Arthur Lira e a base do governo vêm articulando para conseguir a aprovação da PEC de forma célere, ainda nesta semana, após a aprovação no Senado na semana passada.

O valor a ser gasto pelo governo federal com o pacote é estimado em R$ 41,2 bilhões. Todos os benefícios previstos terão duração apenas até o fim do ano. Além da ampliação do Auxílio Brasil e do Auxílio-Gás, o texto prevê um auxílio mensal para os caminhoneiros no valor de R$ 1 mil, entre julho e dezembro deste ano. O benefício deve custar R$ 5,4 bilhões e pode ajudar quase 900 mil profissionais.

Para evitar o recebimento indevido do voucher, farão jus ao benefício somente transportadores registrados como autônomos no RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas) até 31 de maio deste ano.

O projeto também prevê o auxílio aos taxistas instituído pela PEC deve custar R$ 2 bilhões, mas a proposta não define o valor individual do subsídio para cada motorista de táxi. Para terem direito à ajuda, os profissionais precisarão apresentar um documento de permissão para prestação do serviço, feito pelo poder público municipal ou distrital, que também tenha sido emitido até 31 de maio deste ano.

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