O vigilante que aparece nas imagens do assassinato de João Alberto Silveira Freitas, em hipermercado localizado na Zona Norte de Porto Alegre, terá o registro cassado pela Polícia Federal. Segundo a corporação, a empresa privada responsável pela contratação do profissional será alvo de uma fiscalização extraordinária.
A companhia foi inspecionada pela última vez em 28 de agosto. À época, não foram identificadas irregularidades em seu funcionamento. Entretanto, após a repercussão da morte, a PF percebeu que o agressor não estava com o registro profissional vinculado à prestadora de serviços.
O segundo indivíduo presente nas filmagens sequer possui a Carteira Nacional de Vigilante – documento emitido pela própria Polícia Federal. Os acusados vão responder pelo crime de homicídio triplamente qualificado. Em nota, a PF afirma que “caso confirmadas as irregularidades, poderá autuar a empresa e suspender a autorização de funcionamento”.
Sindicato repudia atuação de vigilantes
O Sindicato dos Empregados das Empresas de Vigilância e Segurança do Rio Grande do Sul (SindiVigilantes do Sul) também comentou o caso. A entidade classificou os atos como “covardes”. “Nos somamos a todos os protestos da sociedade contra isso, pedindo também a apuração completa dos fatos e a responsabilização de todos os culpados”, diz a nota.
“Não apenas dos responsáveis diretos, mas também daqueles que de alguma forma incentivaram esse comportamento de quem exerce a segurança do estabelecimento e da própria rede”, finalizou o SindiVigilantes do Sul, que afirma desconfiar do preparo dos envolvidos no assassinato.