Maduro afirma que defenderá o país com o própria vida se necessário

Líder bolivariano rompeu relações com a Colômbia e ordenou que embaixadores deixem o país em 24 horas

Foto: Miraflores Palace/Direitos Reservados

Nicolás Maduro discursou neste sábado contra a ajuda humanitária organizada pelo líder oposicionista e juramentado presidente interino do país, Juan Guaidó, afirmando que a situação é “um plano de invasão gringa, uma tentativa de humilhar o país” e que sua vida está “consagrada à defesa da pátria em qualquer circunstância”. “Nunca me dobrarei. Defenderei nossa pátria com minha vida se for necessário. Essa é minha ordem ao exército e forças armadas: se algum dia acordarem com a notícia de que fizeram algo a Nicolás Maduro, saiam às ruas em união cívico-militar”, bradou a uma multidão de apoiadores, diretamente de Caracas.

“Estamos defendendo nossas fronteiras contra o imperialismo e oligarquia falida de Bogotá. Estou mais duro que nunca, que essa madeira (bate no púlpito), de pé, governando nossa pátria agora e por muito tempo”, disse, afirmando que o país não é mendigo para receber ajuda humanitária que não pediu “É comida podre que sobrou do exército gringo. Já há dois mortos que comeram dessa comida cancerígena. Não sabiam o que fazer com ela e mandaram para Cúcuta”, disse. Ele afirmou ainda que “se viu obrigado” a fechar as fronteiras das cidades de San Antonio (del Táchira) e Ureña com a Colômbia, em parte por conta do show realizado ontem na região. “Diante do show, da ameaça e da violência anunciadas, me vi obrigado a fechar as fronteiras. Hoje estou avaliando o que fazer, porque não vamos nos calar, vamos garantir a paz e a soberania total da fronteira”, declarou a apoiadores. “Não temo ninguém, meu pulso não treme. Se a questão é sair na briga, eu saio primeiro”.

Maduro falou que aceita ajuda humanitária “legal e formal” da União Europeia, com quem tem muitas diferenças, mas se propôs a dialogar, ressaltando que o país pagaria por tudo. Também disse que se propôs a pagar pelo material enviado pelo Brasil saídos do Estado de roraima. “Estamos disposto pagar os empresários, os produtores. Não somos mal pagadores nem mendigos. Somos honráveis, um povo que trabalha. Se querem mandar leite em pó, eu compro já. Se querem fazer entrar carne, eu compro e que venha, para os mercados populares, amanhã mesmo”, disse.

“Golpe de Estado”

O grande objetivo da ação na fronteira é, para o herdeiro de Hugo Chávez, um pretexto para uma invasão militar. “Donald Trump se preocuopa com os venezuelanos? Não! Ele quer colonizar, escravizar e roubar nossas riquezas por cem anos outra vez. Sempre digo, os problemas que temos na Venezuela devemos resolver aqui na casa, entre nós, sem que se meta ninguém do exterior. Sem ameaças militares. A carta das Nações Unidos proíbe aos estados ameaçar ou fazer uso da força para impor um Estado sobre outro Estado. Estamos defendendo o lado correto da história mais do que nunca. Estamos defendendo o Direito Internacional”.

Maduro disse que o “Golpe de Estado falhou”. Falando à “minoria opositora”, questinou: “até quando vão fazer dano ao país, fazendo joguinhos?. O que ganharam com vinte anos de conspiração? O que ganharam nesses 30 dias de presidente fantoche? Por que não convocaram uma eleição se tem teoricamente o poder? A Constituição diz que o prazo é de 30 dias. Estou esperando o títere, fantoche imperialista, palhaço, fazer uma convocatória oficial”, falou. “Estamos aquim pelo voto popular e jurei defender a soberania popular e esta Constituição e minha vida se for necessário. O Tempo de Deus é perfeito e haverá justiça na Venezuela. Para que haja paz, haverá justiça”.

Colômbia

Maduro anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia, dado o apoio dado pelo governo de Ivan Duque ao líder da oposição venezuelana Juan Guaidó em sua tentativa de entregar ajuda humanitária. “Eu decidi romper todas as relações políticas e diplomáticas com o governo fascista da Colômbia e todos os seus embaixadores e cônsules devem partir em 24 horas da Venezuela. Saia daqui, oligarquia!”, afirmou. Nunca antes um presidente da Colômbia fez algo tão baixo como Ivan Duque. Tem cara de santo, mas é o diabo em pessoa. Fora Satanás. A paciência que tenho é porque amo os colombianos. Tenho pedido a Deus que me dê forças e sabedorias pelo povo da Colômbia”, finalizou.

 

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