PF ainda não descarta coautoria em ataque a Bolsonaro, revela Jungmann

"Se necessário, abriremos uma segunda investigação", disse o ministro

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, reafirmou hoje que a Polícia Federal (PF) deve concluir ainda nesta semana um primeiro inquérito sobre a agressão ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro. Ele disse que, até o momento, nenhuma hipótese pode ser descartada sobre uma eventual coautoria do crime. Por isso, revelou uma nova investigação pode vir a ser aberta.

Bolsonaro sofreu uma facada em 6 de setembro durante um ato de campanha na rua em Juiz de Fora (MG). O agressor, identificado como Adélio Bispo de Oliveira, segue detido em uma penitenciária de Campo Grande (MS). Em depoimentos, ele disse ter agido sozinho.

“Não se descarta qualquer tipo, qualquer hipótese”, afirmou Jungmann ao ser questionado sobre a possibilidade de coautoria no crime. “Nós, se necessário, abriremos uma segunda investigação, um segundo inquérito, para apurar todo e qualquer indício. Se qualquer possibilidade de coautoria existir, evidentemente que vamos trazer a conhecimento de toda a sociedade”, disse em seguida.

O ministro, no entanto, não entrou em detalhes das investigações, afirmando apenas que “tudo isso” precisa ser “investigado, recursos, dinheiro na conta”. “Temos que dar uma resposta à opinião pública para que não paire nenhuma suspeita”, acrescentou.

Jungmann deu as declarações após reunião, nesta terça-feira, com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, da qual também participou o diretor-geral da PF, Rogério Galloro.

No encontro, eles discutiram o incremento na segurança dos candidatos à Presidência. No momento, mais de 20 policiais federais compõem o aparato que acompanha cada presidenciável.

“Bancada do crime”
Além do incremento na segurança dos candidatos à Presidência, Jungman, Rosa e Galloro discutiram no encontro o combate a candidaturas que estejam ligadas ao crime organizado, num esforço para impedir que ser forme, nas palavras de Jungmann, uma “bancada do crime” no Poder Legislativo federal e estadual.

Segundo o ministro, a PF executa um pente-fino na vida pregressa de todos os candidatos, para todos os cargos, nas eleições deste ano. O objetivo é entregar ao TSE um dossiê com qualquer indício do envolvimento do crime organizado com a eleição.

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