As declarações do presidente estadual do PSDB e pré-candidato do partido ao governo do Estado, Eduardo Leite, de que a realização de um plebiscito para decidir sobre a venda da CEEE, Sulgás e CRM juntamente com as eleições de 2018 é “inoportuna” desagradou ao Piratini, que escalou o líder do governo Sartori na Assembleia, Gabriel Souza, para rebater a manifestação do tucano.
Em nota à imprensa, Souza se disse surpreso em ver um pré-candidato que “até pouco tempo atrás se mostrava favorável à diminuição do tamanho da máquina pública” render-se aos interesses corporativistas que favorecem “apenas grupos interessados em manter o erário público bancando prejuízos recorrentes de estatais que não prestam serviços típicos de Estado”.
O líder de Sartori foi mais longe e acusou Eduardo Leite de ter se aliado com a esquerda e as corporações que “são contra o povo decidir sobre o futuro do RS”.
“Assuntos inadiáveis devem ser tratados imediatamente, ainda mais quando viveremos um momento eleitoral onde a população irá cobrar posicionamentos claros e objetivos sobre as questões do Estado.”
No documento, Gabriel Souza sustenta que o governo tentou várias vezes fazer os deputados decidirem sobre temas inadiáveis referentes ao tamanho e à função do Estado, e que todas as iniciativas foram barradas por uma oposição esquerdista e radical. “O plebiscito popular se revela a melhor e única alternativa para encaminharmos questões sobre o futuro do Rio Grande”, escreveu o líder do governo.