Um dia antes do previsto, o delegado Rogério Baggio reassumiu as investigações do caso das duas crianças esquartejadas em possível ritual macabro. Baggio antecipou o retorno por “precaução”, para analisar o inquérito.
O retorno dele ocorre um dia após o delegado Moacir Fermino – que assumiu as investigações na ausência de Baggio – ressaltar, em entrevista coletiva à imprensa, que chegou a relação entre os corpos das crianças e o ritual macabro devido à uma “revelação divina”. Após a afirmação, a cúpula da Polícia Civil se reuniu e decidiu manter inalterada a investigação.
A previsão é de que o documento que detalha as investigações seja entregue dez dias após as prisões. Como o “bruxo”, um dos encomendadores do possível ritual e o filho ele foram detidos em 27 de dezembro, o prazo já se encerrou. Baggio não sabe se Fermino já pediu a renovação do prazo.
Para concluir o inquérito, a equipe da 2ª Delegacia de Homícidios, em Novo Hamburgo, espera uma série de laudos periciais dos exames realizados nos restos mortais das crianças ainda não identificadas e também no material coletado no templo do líder da seita satânica que fica em Gravataí, como uma capa e uma máscara de cachorro, que o “bruxo” pode ter utilizado durante o possível ritual de sacrifício.
Sete suspeitos são investigados, quatro deles presos e três foragidos, incluindo um argentino suspeito de ter traficado os irmãos do país vizinho.