Prefeitura estima R$ 70 milhões e seis meses para recuperar asfalto após enchentes em Porto Alegre

Trabalhos devem começar pela Vila Farrapos e Sarandi já na próxima semana

Precariedade da pavimentação de Porto Alegre | Av. Emilio Lúcio Esteves com Av. Assis Brasil, bairro Santa Maria Goretti. | Foto: Camila Cunha

A Prefeitura de Porto Alegre estima em R$ 70 milhões o valor para recuperação asfáltica após as enchentes, somando todas as cinco zonais de conservação, Sul, Extremo Sul, Centro, Leste e Norte. O valor, ainda não finalizado, inclui cerca de R$ 50 milhões para a compra de 40 mil toneladas de asfalto, estimado para cobrir cerca de 100 mil metros quadrados de área, mais R$ 10 milhões em equipamentos e R$ 10 milhões para materiais restantes, como rachão e saibro. É o caso, por exemplo, do Extremo Sul, onde há vias não pavimentadas, mas que carecem de nova conservação.

Segundo o secretário de Serviços Urbanos (SMSUrb), Assis Arrojo, a previsão é que tudo esteja concluído em seis meses a contar de agosto. Ele explicou que um terço das vias da Capital ficou submersa após a inundação, cerca de 1.080 quilômetros. “Tivemos de aditar alguns contratos para atender às demandas do evento climático”, afirmou ele. O contrato de recuperação asfáltica é anterior às enchentes, porém o aditivo necessário foi de cerca de R$ 15 milhões.

A Administração já concluiu o levantamento e o relatório das vias da Vila Farrapos, Sarandi, Humaitá e Navegantes, e deve começar as obras nos dois primeiros locais na próxima semana. Em seguida, nos demais. O passo seguinte é a conclusão da vistoria no 4º Distrito e Anchieta. A Prefeitura também definiu três prioridades para este trabalho. As vias em si que receberão os trabalhos não foram confirmadas, porém estima-se que sejam de 30 a 40 na prioridade 1.

Os prazos levam em conta a retomada da usina de asfalto do Sarandi, já recuperada e testada, após ter inundado durante as enchentes. Ela deve ser liberada também na semana que vem, e assim que posta em operação, atenderá imediatamente a demanda emergencial. A ideia, segundo Arrojo, é que, nas vias locais, deva ser utilizado o asfalto ecológico, cujo nome técnico é cimento asfáltico de petróleo (CAP) Borracha, “mais elástico e de melhor qualidade” do que o convencional, o CAP Polímero, que, por sua vez, deverá ser posto nas principais avenidas, explicou o secretário.