Durante uma live em rede social nesta sexta-feira, o prefeito Sebastião Melo detalhou o panorama das ações em andamento para construção e compra de imóveis para vítimas das enchentes e cobrou um esforço unificado da União e do governo do Rio Grande do Sul. O município identificou, até o momento, 20 mil casas inabitáveis ou parcialmente destruídas.
“Qual o papel de cada ente federado para as pessoas que estiveram uma casa destruída? O Cadastro é da Prefeitura. Nós criamos o Estadia Solidária”, apontou Melo.
A transmissão contou com a presença dos secretários municipais de Habitação, Simone Somensi, e de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.
O Programa Estadia Solidária foi criado no dia 17 de junho pela Prefeitura de Porto Alegre. O benefício paga até 12 parcelas de R$ 1 mil para moradores da Capital desabrigados ou desalojados em razão das enchentes de maio.
A secretária Simone admitiu dificuldades no atendimento à população atingida. “Moradia não é um assunto fácil, demora”, comentou. Segundo ela, a Prefeitura agora começou mapeamento das famílias atingidas que vão querer um novo imóvel e aderir aos programas federais do governo como o Minha Casa Minha Vida ou da Compra Assistida, onde a União irá comprar imóveis de até R$ 200 mil para atender a pessoas desabrigadas no Rio Grande do Sul.
O mapeamento está sendo iniciado pela região das Ilhas, umas das mais atingidas, onde cerca de 9 mil famílias moram. Segundo o prefeito, o município não irá obrigar ninguém a deixa a sua casa, mas que tentará o convencimento, principalmente em regiões muito vulneráveis em caso de uma nova cheia.
Germano Bremm afirmou que cerca de 4,5 mil imóveis já foram mapeados para inclusão no programa Compra Assistida. Ainda há cerca mil empreendimentos, segundo o secretário, que estão sendo construídos, que se enquadram no programa Minha Casa Minha Vida. A Prefeitura também autorizou a construção de mais 2 mil empreendimentos que se enquadram neste perfil.
O prefeito Sebastião Melo voltou a cobrar a União e Estado nos esforços de construir espaços de moradia à população. “O município está à disposição para conversar com as comunidades. Essas reuniões precisam dos três representantes na mesa. O que não pode é cada uma falar uma coisa e não resolver o problema do cidadão”, concluiu.