Centro de Acolhimento Humanitário da Refap recebe autoridades para vistoria de unidades habitacionais

A expectativa é que o local esteja totalmente pronto, com toda infraestrutura necessária, para o recebimento das famílias já na primeira semana de julho

No local serão erguidas 200 unidades habitacionais cedidas pela Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados | Foto: Fernanda Bassôa / Especial CP

O vice-governador do Estado, Gabriel Souza e o secretário-chefe do Escritório de Resiliência Climática de Canoas, José Fortunati, realizaram nesta quinta-feira vistoria às obras de construção do Centro de Acolhimento Humanitário (CHA) Refap, em Canoas, que terá capacidade para abrigar até 1 mil pessoas. Ao todo serão erguidas 200 unidades habitacionais cedidas pela Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

Ao menos 10 espaços já estão montados, com apoio do Exército Brasileiro, e cada um deles poderá acolher até cinco pessoas. A expectativa é que o local esteja totalmente pronto, com toda infraestrutura necessária, para o recebimento das famílias atingidas pela enchente de maio já na primeira semana de julho. Obras de drenagem, nivelamento do terreno, implantação de esgoto, água e energia, estão sendo executados no local.

Para o vice-governador, a transferência das famílias dos abrigos para o Centro de Acolhimento Humanitário, mesmo que considerado um local provisório e emergencial, vai proporcionar mais dignidade para as pessoas que perderam seus imóveis para a cheia. “Hoje, as pessoas estão em uma situação totalmente inapropriada, vivendo em ginásios e escolas. Por um tempo isso funciona, mas a estrutura física não comporta conforto para todos. Aqui no Centro serão oferecidos espaços individualizados para dar privacidade as famílias, com mobília mínima, locais para as pessoas guardarem seus pertences e um local para dormir adequadamente.”

Haverá ainda um número adequado de sanitários, chuveiros, lavanderia coletiva, refeitório, internet, brinquedoteca, além de serviços de saúde e de assistência social. “Esta é uma obra executada em tempo recorde, em torno de 40 dias, que tem a finalidade de mudar para melhor a vida destas pessoas durante o período que elas terão que esperar pelas suas casas do governo pessoal.” Fortunati disse que o ideal seria que as pessoas pudessem sair dos abrigos e voltar para suas casas, para uma residência própria ou ainda serem beneficiadas com aluguel social.

“Entretanto, Canoas não tem imóveis suficientes. Então precisamos de uma etapa de transição até que as pessoas possam ir para uma casa definitiva. Neste sentido, o Município de Canoas abraçou o projeto do Centro de Acolhimento Humanitário, por ser um espaço qualificado. Os abrigos em escolas e ginásio, são espaços que cumpriram um papel social importante, mas este ciclo tem que se encerrar, pois passado um período a convivência se torna muito difícil.” De acordo com o secretário, a Prefeitura está apostando no Centro porque são casas individualizas que vão proporcionar mais privacidade para estas pessoas.