Equipes de bombeiros de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul suspenderam, em razão do mau tempo, as buscas ao marinheiro Flávio Tobaldini, que conduzia uma balsa que virou, na manhã dessa quarta-feira, no rio Uruguai, em Marcelino Ramos.
Desde a manhã de hoje, os mergulhadores não conseguem realizar o trabalho em razão da correnteza e do volume de água, muito alto no ponto onde ocorreu o acidente. A suspeita é que o corpo do marinheiro esteja preso às ferragens.
Nessa quarta, os bombeiros tentaram, sem sucesso, encontrar o ponto exato onde a balsa afundou, mas as equipes não conseguiram acessar a embarcação. Já nesta quinta-feira, com a utilização de um Sonar – equipamento que emite ondas sonoras e detecta objetos no fundo de mares e rios – as equipes conseguiram demarcar a provável localização, mas avaliaram que um mergulho, nas atuais condições, ainda oferece risco aos militares.
Os bombeiros também pediram, nesta quinta, o fechamento das comportas das usinas hidroelétricas, o que pode reduzir a correnteza. De acordo com a corporação, mesmo com a medida, a vazão ainda leva horas para diminuir. O nível do rio Uruguai chega a 6m no local em que a balsa virou, entre Marcelino Ramos, no Norte gaúcho, e Alto Bela Vista, em Santa Catarina.
A Marinha do Brasil enviou equipes e embarcações de Chapecó e Florianópolis para auxiliar nas operações de busca. Um inquérito para apurar a causa do acidente tramita na Capitania dos Portos de Santa Catarina, responsável pelas águas interiores do Brasil.
Junto com a balsa, um caminhão de tijolos, que era transportado pela embarcação, também afundou. A bordo da estrutura, o motorista do caminhão e o auxiliar da balsa conseguiram se salvar. Ambos permaneceram sobre a proa até o resgate. O condutor da balsa segue desaparecido.