A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro contratou o criminalista Daniel Bialski para representá-la na investigação sobre o suposto desvio de joias presenteadas ao governo brasileiro. Na sexta, a Polícia Federal (PF) pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal da ex-primeira-dama. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, ainda não deliberou sobre a medida.
Em nota, ele informou que pediu acesso aos autos para conhecer quais as suspeitas existentes e que eventualmente mencionem Michelle.
“A Sra. Michelle Bolsonaro está absolutamente tranquila porque não participou e desconhece ter ocorrido irregularidade ou ilicitude”, cita a primeira manifestação do Bialski no caso.
Biakski é um criminalista estabelecido em São Paulo que, nos últimos anos, se notabilizou na defesa de alvos de processos polêmicos – como o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (MDB). Antes da ex-primeira-dama, ele representou outros bolsonaristas, como a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.
A PF investiga se presentes diplomáticos, como joias e esculturas, foram desviados do acervo da União e vendidos por auxiliares do ex-presidente. Em relatório parcial do inquérito, os investigadores dizem que Bolsonaro sabia das negociações.