O Ministério Público do Rio Grande do Sul em Santo Antônio da Patrulha denunciou dois homens – sogro e genro -, nesta segunda-feira, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, para assegurar a impunidade de outros crimes e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver cometidos contra um empresário mineiro, em junho, no litoral gaúcho. O mais velho pode responder, ainda, por posse e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
A promotora Graziela da Rocha Vaughan Veleda, que assina a denúncia, relata que em 2 de junho deste ano, a dupla matou a tiros Samuel Eberth de Melo. Naquela tarde, um dos denunciados – parceiro comercial da vítima – conduziu o empresário mineiro a bordo de um veículo até a zona rural de Santo Antônio da Patrulha, supostamente para buscarem um automóvel de propriedade dele. No local, o homem acionou o genro, solicitando apoio na empreitada criminosa, afirmando precisar de uma “mão de duas horinhas”.
O sogro, então, comprou duas pás, uma enxada, dois pares de luvas e três metros de lona preta. Em seguida, encontrou o genro e, juntos, seguiram para o local do crime. Lá, ambos mataram a vítima a tiros, que atingiram Eberth no tórax, abdome e na região da nuca. Os denunciados enrolaram o empresário na lona e o enterraram em uma propriedade rural localizada na Estrada Bom Retiro. Eberth teve o corpo localizado, em 10 de junho, através de informações recebidas por denúncia anônima. A perícia confirmou a identidade.
Samuel Eberth era proprietário de uma empresa de revenda de veículos automotores em Belo Horizonte, e mantinha relações comerciais com o denunciado mais velho. Recentemente, a vítima passou a desconfiar da conduta do homem e veio ao Rio Grande do Sul para tratar pessoalmente do assunto.