O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido de revogação da prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cid vai prestar novo depoimento à Polícia Federal, nesta sexta, e à CPMI do 8 de janeiro, na semana que vem.
Moraes também negou soltura aos presos Ailton Barros, Max Guilherme de Moura e Sergio Cordeiro. Segundo o ministro, há a necessidade de manutenção das prisões porque “eventuais medidas cautelares diversas da prisão não se revelariam suficientes para preservar a higidez da colheita dos elementos de prova necessários à elucidação dos fatos”.
“A evolução das diligências apuratórias, especialmente, sobre os dados telemáticos obtidos, reforça os indícios de participação dos investigados em esquema criminoso de fraude aos sistemas públicos de saúde, bem como em outras infrações penais”, disse o ministro.
Mauro Cid, preso em 3 de maio por ordem de Moraes, virou alvo da Polícia Federal, que apura a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no sistema ConecteSUS, do Ministério da Saúde. Entre os supostos beneficiados do esquema, Jair Bolsonaro e a filha dele, Laura. Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão, inclusive, na casa do ex-presidente, que na época teve um celular apreendido.