A segunda semana de maio vai ser marcada por dois fatos relevantes para a economia brasileira. O primeiro deles é a divulgação da ata, na terça-feira, 9, da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que definiu pela manutenção da taxa de juros anal em 13,75%. O segundo é o anúncio, na sexta-feira, 12, do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) do mês de abril, que o mercado projeta uma variação mensal positiva de 0,55% e de 4,10% em 12 meses.
O começo da semana tem as projeções de mais de 100 analistas do mercado financeiro para indicadores econômicos no Relatório Focus, do Banco Central. Na semana passada, os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação deste ano, de 6,04% para 6,05%, e também passaram a projetar um crescimento maior da economia, como o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo de 0,96% na estimativa anterior para 1% agora. Foi a quinta alta seguida na expectativa de inflação desse ano. Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro ficou estável em 4,18% na semana passada.
Outro destaque da semana na agenda de indicadores é a produção industrial do mês de março, indicador que o mercado projeta uma elevação positiva de 0,7% ante fevereiro. Isto graças ao resultado positivo de alta de 13,4% na produção automotiva em março, depois de queda em janeiro e recuperação parcial em fevereiro. Entre as projeções há uma estimativa de crescimento de 1,2% da produção industrial de março.
INFLAÇÃO NA CHINA E EUA
O cenário de dados inflacionários também se repete em pelo menos outros dois mercados internacionais: Estados Unidos e China. No primeiro mercado, o índice de preços ao consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) vai ser divulgado na quarta-feira, 10, e as projeções do mercado indicam que a inflação deve apresentar uma elevação mensal de 0,4% e acumular 5,6% em 12 meses.
Na mesma quarta-feira, só que a noite, o mercado vai conhecer os dados de inflação ao consumidor e ao produtor na China. Mas antes, na terça-feira, haverá a divulgação da balança comercial chinesa. O consenso dos analistas prevê superávit de US$ 74,3 bilhões em abril, cifra menor que os US$ 88,19 bilhões de março. A expectativa é que haja uma desaceleração das exportações, com crescimento mensal de 8% (ante variação positiva de 14,8% em março).
