Uma homenagem aos 101 anos do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) gerou embate na sessão ordinária desta segunda-feira, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. A solenidade, proposta pelos vereadores da sigla, Giovani Culau e Coletivo e Biga Pereira, não passou em branco entre os vereadores de oposição à sigla.
Culau iniciou o discurso ressaltando a trajetória de João Carlos Haas Sobrinho, médico e integrante do PCdoB, e com a bandeira do partido na tribuna, disse estar homenageando “todos os mortos e desaparecidos durante a ditadura militar”. Em seguida, a vereadora Mônica Leal (PP) pediu aparte para solicitar a retirada do objeto, reforçada pelo presidente da Casa, Hamilton Sossmeier (PTB). O vereador atendeu ao pedido e colocou a bandeira nas costas.
Os vereadores Airto Ferronato (PSB) e Engenheiro Comassetto (PT) fizeram cumprimentos, destacando a importância histórica da legenda. “O PCdoB é um fiel aliado na construção da democracia e da governabilidade do Brasil”, disse Comassetto.
“O totalitarismo, o autoritarismo e a privação da liberdade não são pautas que dizem respeito a mim”, salientou a vereadora Comandante Nádia (PP), discordando do ato solene. “Um símbolo de morte”, complementou Ramiro Rosário (PSDB) sobre a bandeira comunista.
Em contraponto, Pedro Ruas (PSol) relembrou a homenagem concedida a Eduardo Bolsonaro (PL), em 2022.
Entre as falas dos vereadores, a plateia presente também se manifestou, com gritos de ordem em apoio ao PCdoB.